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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Matéria: Tim Clark, CEO da Emirates, fala sobre Alianças Globais


Não é nenhum segredo que nos dias de hoje, a Emirates é vista como a maior ameaça pelas três grandes Alianças Globais e algumas de suas companhias aéreas membro. Em uma recente entrevista conduzida pela conceituada publicação Airline Business, o CEO da gigante do oriente médio, Tim Clark, fala sobre o tema de Alianças Globais. O executivo da Emirates compara o comportamento das Alianças Globais, particularmente o da Star Alliance, com o de uma "gangue em guerra" e afirma que tal comportamento ameaça a livre concorrência. Clark diz que soube de fontes da indústria que sua empresa é vista como "a maior ameaça do planeta" pela Star Alliance, aliança liderada pela alemã Lufthansa.

"Eu não gasto meu tempo tentando derrubar a Star Alliance. Eu prefiro trabalhar com suas companhias aéreas de forma independente, e isso é o que fazemos. Isso porque sempre darei negócios para meus parceiros comerciais", ressaltou Clark. O executivo cita um artigo recentemente publicado pela Emirates, "Aviation at the Crossroads - Safeguarding Competition and Consumer Choice", no qual são destacadas as táticas utilizadas pelas três grandes Alianças Globais. Segundo o artigo, a política "alinhe-se ou morra" adotada pelas Alianças Globais representa uma preocupação que merece a atenção do público pois poderia prejudicar a livre concorrência e os consumidores.

Tim Clark deixou claro que a Emirates não quer se alinhar a nenhuma aliança. Isso porque, de acordo com o CEO, "você deve ter total controle do que você faz. Você não pode se submeter aos caprichos de uma instituição como a Star Alliance, dizendo 'você não pode fazer isso, você não pode fazer isso, você tem que comprar este avião; você tem que voar esta rota'. Não no mundo como ele é hoje. Queremos avançar rapidamente para onde temos oportunidades. Assim por exemplo, queremos voar para aeroportos de segundo ou terceiro nível - não apenas aeroportos centrais. Eu não quero que me digam 'você não pode ir a esse hub, eu vou pra lá e você vai alimentar meus voos".

O executivo da Emirates é enfático quando diz que é este tipo de pensamento independente foi e é fundamental para o sucesso da Emirates: "quando a economia global decolou, nós fizemos as coisas da maneira que queríamos porque estávamos totalmente concentrados naquilo que fazemos e não tínhamos uma aliança nos dizendo o que poderíamos e não poderíamos fazer".

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